Seguros fatura R$ 12,4 bi em abril, alta de 18,8%

Boletim IRB+Mercado mostra que setor avançou 16,8% no primeiro quadrimestre, totalizando R$ 50,2 bilhões. Sinistralidade recuou dois pontos percentuais em relação a abril de 2021

Fonte: IRB

A 20ª edição do Boletim IRB+Mercado, relatório mensal da plataforma IRB+Inteligência, mostra que, em abril, o setor de seguros faturou R$ 12,4 bilhões, um avanço de 18,8% na comparação com igual período de 2021. Cinco dos seis segmentos apurados tiveram crescimento de dois dígitos. Com 34,8% de alta, Automóvel obteve o melhor desempenho, seguido por Crédito e Garantia, 23,2%; Corporativo de Danos e Responsabilidades, 21,7%; Individual Contra Danos, 14,8%; e Vida, 11,3%. Rural foi a única linha que reduziu a emissão de prêmios no quarto mês do ano: -1,8%, a segunda queda consecutiva de 2022.  

O boletim mostra ainda que, no primeiro quadrimestre de 2022 (4M22), o setor de seguros já acumula R$ 50,2 bilhões, avanço de 16,8% frente a igual período de 2021, com R$ 7,2 bilhões a mais distribuídos em todos os segmentos. Os principais destaques foram para Automóvel e Vida que faturaram, respectivamente, R$ 3 bilhões e R$ 1,7 bilhão a mais do que os quatro primeiros meses de 2021.  

Por segmento 

Em abril, Vida faturou R$ 4,6 bilhões, alta de 11,3% em relação ao mesmo mês de 2021, e avançou 11% no quadrimestre totalizando R$ 17,6 bilhões. No quarto mês do ano, os sinistros ocorridos registraram R$ 1,1 bilhão, redução de 38,5% diante de abril do ano passado. Ao comparar abril de 2021 com abril de 2020 houve um aumento de 116% em sinistros ocorridos devido à pandemia. Comparando os 4M22 com o 4M21, a sinistralidade caiu 14,2 p.p., atingindo 31,8%.   

O segmento Automóvel registrou, no quarto mês, R$ 3,6 bilhões (+34,8%), sendo o melhor desempenho de abril. No acumulado, faturou R$ 14,3 bilhões (+26,4%), R$ 3 bilhões a mais do que o quadrimestre anterior. Danos e Responsabilidades registrou R$ 2,2 bilhões em abril (+21,7%). No quadrimestre, somou R$ 9,3 bilhões, sendo alta de 14,1%. Individuais contra Danos faturou, no quarto mês do ano, R$ 901 milhões (+14,8%) e no acumulado arrecadou R$ 3,9 bilhões (+3,6%). A sinistralidade, por sua vez, também aumentou, sendo a maior da série histórica nesse período: 40,7%, um incremento de 9 p.p. em comparação ao mesmo período de 2021. 

Rural teve mais uma retração (-1,8%), a segunda do ano, e levantou R$ 771 milhões em abril. Apesar disso, no acumulado de 2022, teve evolução de 34,8% frente aos quatro primeiros meses de 2021, somando cerca de R$ 3,4 bilhões. No entanto, a taxa de sinistralidade ainda permanece elevada, apesar de ter registrado um recuo de 236,4%, nos 3M22, para 203,2%, nos 4M22, chegando a um total de R$ 7,2 bilhões em sinistros ocorridos, ultrapassando em R$ 63,3 milhões o total de sinistros ocorridos em 2021. 

Por fim, Crédito e Garantia obteve, em abril, arrecadação de R$ 410 milhões (+23,2%, segundo melhor resultado do setor de seguros). No somatório do ano, o segmento registrou R$ 1,7 bilhão (+21,8%). A taxa de sinistralidade do segmento, em 2022, também se destacou, pois caiu 7,3 p.p. e atingiu 19,2%, a segunda menor desde o início da série histórica, em 2014. 

Sinistralidade  

Em abril, o índice de sinistralidade do setor de seguros registrou queda de 2,1 pontos percentuais (p.p.) na comparação com o mesmo mês de 2021. A melhoria na sinistralidade foi impulsionada pelos segmentos Vida (-26,7 p.p.) e Corporativos de Danos e Responsabilidades (-19,2 p.p.), que compensaram o aumento da taxa nos demais segmentos. Já no acumulado do ano, o índice cresceu 10,7 p.p. em relação ao mesmo período de 2021, impactado fortemente por Rural (+145,8 p.p.). 

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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