Seguradoras vendem R$ 52,7 bilhões nos dois primeiros meses de 2022

Os seguros de danos continuam apresentando forte desempenho, com alta de 24,1%

A arrecadação do setor de seguros nos dois primeiros meses de 2022 foi de R$ 52,7 bilhões, crescimento de 13,5% em relação ao mesmo período de 2021, quando foram movimentados R$ 46,5 bilhões, segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep), divulgados nesta sexta-feira (8).

Nos seguros de pessoas e danos, os prêmios diretos totalizaram R$ 46,59 bilhões no acumulado até fevereiro de 2022, alta de 14,1% em relação ao mesmo período de 2021, quando totalizaram R$ 40,83 bilhões.

O segmento de seguros de pessoas apresentou um total de prêmios de R$ 30,11 bilhões até fevereiro de 2022. O valor representa aumento de 9,3% em relação ao mesmo período de 2021. O seguro de vida teve crescimento de 17,7% em relação a 2021, arrecadando R$ 3,90 bilhões até fevereiro de 2022.

Os seguros de danos apresentaram crescimento de 24,1% na arrecadação de prêmios do primeiro bimestre de 2022, quando comparado ao mesmo período de 2021, conforme os dados da Tabela 3. Até fevereiro deste ano, foram movimentados R$ 16,48 bilhões, face aos R$ 13,28 bilhões movimentados no mesmo período do ano passado.

A arrecadação de prêmios no seguro auto atingiu R$ 6,72 bilhões no acumulado deste ano, valor 21,1% superior ao do mesmo período em 2021, quando foram arrecadados R$ 5,55 bilhões.

Desconsiderando-se auto, o desempenho das demais linhas de negócio dos seguros de danos, no acumulado de 2022, foi 26,2% superior aos dois primeiros meses de 2021, apresentando crescimento de R$ 2,02 bilhões na arrecadação de prêmios. A linha de negócio rural foi destaque, com crescimento de 101,1% na arrecadação de prêmios no primeiro bimestre de 2022, em comparação ao mesmo período de 2021. Os seguros das linhas riscos especiais patrimoniais, patrimoniais-outros, financeiros e marítimos/aeronáuticos também se destacaram, com crescimento acima de 30%.

As contribuições do VGBL no acumulado de 2022 totalizaram R$ 21,87 bilhões, valor 9,0% superior à arrecadação no mesmo período de 2021. Já os resgates acumulados em 2022 apresentaram aumento de 36,9% em relação ao volume resgatado nos dois primeiros meses do ano passado – vide Tabela 5. No primeiro bimestre de 2022, as contribuições superaram os resgates em R$ 4,82 bilhões.

Rural – A linha de negócio rural foi destaque, com crescimento de 101,1% na comparação entre os dois primeiros meses de 2022 e os dois primeiros meses de 2021 (Gráfico 2). Os prêmios arrecadados até fevereiro de 2022 atingiram o montante de R$ 1,75 bilhão, contra os R$ 0,87 bilhão no mesmo período do ano anterior. A sinistralidade do seguro rural recuou para 214,6% em fevereiro deste ano, após o pico de 342,8% em janeiro de 2022.

Sinistralidade – Nos seguros de pessoas, excluindo-se o VGBL, a sinistralidade atingiu o patamar de 32,9% em fevereiro de 2022. A sinistralidade do seguro de vida, individual e em grupo, alcançou o valor de 47,6% em fevereiro deste ano, percentual ligeiramente acima do observado em janeiro, quando foi de 45,4%, e abaixo do valor observado em fevereiro de 2021, quando a sinistralidade totalizou 61,2%.

Nos seguros de danos, observa-se que a sinistralidade, em fevereiro de 2022, ficou abaixo da sinistralidade de janeiro de 2021, totalizando 81,3%, conforme observado na série mostrada no Gráfico 5. Em fevereiro de 2021, a sinistralidade foi de 60,2%. A sinistralidade no seguro auto ficou em 73,9% em fevereiro de 2022, frente aos 72,8% observados em janeiro de 2022 e aos 60,2% de fevereiro de 2021.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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