Fitch vê perspectiva neutra para setor de seguros na América Latina

O desempenho do segmento de vida e saúde deve melhorar em 2022 graças a uma tendência de queda nos índices de sinistros

A Fitch Ratings tem uma perspectiva neutra para o setor de seguros da América Latina em 2022 na maioria dos mercados. A perspectiva neutra é baseada em um perfil da indústria e ambiente operacional (IPOE) estáveis, crescimento de prêmios alinhado com a recuperação econômica e uma normalização das taxas de sinistros de saúde e vida, que se beneficiam de uma maior cobertura da população totalmente vacinada.

A Fitch espera que o setor de seguros do Brasil, Costa Rica e El Salvador se deteriore em linha com a Perspectiva Negativa sobre os ratings soberanos e o potencial impacto em seus respectivos IPOEs e carteiras de investimento, que estão altamente concentrados em títulos soberanos. As seguradoras continuam altamente influenciadas pelo governo soberano devido à sua exposição significativa a títulos do governo e à concentração de suas operações nas economias domésticas.

O desempenho do segmento de vida e saúde deve melhorar em 2022 graças a uma tendência de queda nos índices de sinistros (principalmente relacionados à vida e saúde da Covid), preços de renovação crescentes e taxas de juros mais altas, o que compensará o aumento nos custos de cuidados médicos, consultas e tratamento. A lucratividade do setor Não Vida, ou seguro de danos, estará exposta aos efeitos negativos das flutuações cambiais e subsequente aumento da inflação, restrições da cadeia de suprimentos e aumento dos custos de resseguro. Um cenário de baixa seria influenciado por tensões sociais e políticas devido a eleições em alguns países e maior volatilidade da carteira de investimentos.

O relatório completo “Perspectivas 2022: Setor de Seguros da América Latina” está disponível em www.fitchratings.com.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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