Sem um direcionamento claro de soluções para as sérias questões que o País enfrenta em relação às crises sanitária, fiscal e política, esta semana continua assistindo à deterioração das expectativas dos economistas consultados pelo Banco Central no relatório Focus. Segundo Pedro Simões, do Comitê de Estudos de Mercado da CNseg, a Confederação Nacional das Seguradoras, a agenda das necessárias reformas estruturantes parece cada vez mais coadjuvante em relação às outras prioridades da política “As atenções na semana, mesmo com o feriado, estrão voltadas para Brasília, com delicada questão do orçamento de 2021 – que deverá ser sancionado ou vetado até quinta-feira – e agora a CPI da Covid-19, que adicionou ainda mais incerteza ao cenário e que terá sua estrutura definida nos próximos dias”, destaca o economista ao comentar o boletim Focus, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira.
O IBC-Br, divulgado hoje e que ainda não está refletido nas projeções do boletim desta semana, apontou crescimento de 1,7% da atividade econômica no mês, uma surpresa positiva. Entretanto, Simões alerta que é preciso lembrar que em fevereiro, apesar do salto do número de casos e mortes por Covid-19 entre o final do ano passado e começo de 2021, o cenário ainda não era tão ruim quanto o que vivemos plenamente desde março e que os indicadores antecedentes mostram que o impacto mais forte da segunda onda sobre as atividades deve vir no último mês do primeiro trimestre.
Leia o comentário das projeções dos principais indicadores no Boletim Acompanhamento de Expectativas Econômicas semanal feito pela Superintendência de Estudos e Projetos (Suesp) da CNseg.