Cenário da crise sanitária e incertezas fiscais seguem deteriorando projeções, o que preocupa setor segurador

A projeção mediana para o crescimento do PIB este ano caiu de 3,08% para 3,04%. Ao mesmo tempo, as estimativas para o IPCA de 2021 foram elevadas de 4,85% para 4,92%

Sem um direcionamento claro de soluções para as sérias questões que o País enfrenta em relação às crises sanitária, fiscal e política, esta semana continua assistindo à deterioração das expectativas dos economistas consultados pelo Banco Central no relatório Focus. Segundo Pedro Simões, do Comitê de Estudos de Mercado da CNseg, a Confederação Nacional das Seguradoras, a agenda das necessárias reformas estruturantes parece cada vez mais coadjuvante em relação às outras prioridades da política “As atenções na semana, mesmo com o feriado, estrão voltadas para Brasília, com delicada questão do orçamento de 2021 – que deverá ser sancionado ou vetado até quinta-feira – e agora a CPI da Covid-19, que adicionou ainda mais incerteza ao cenário e que terá sua estrutura definida nos próximos dias”, destaca o economista ao comentar o boletim Focus, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira. 

O IBC-Br, divulgado hoje e que ainda não está refletido nas projeções do boletim desta semana, apontou crescimento de 1,7% da atividade econômica no mês, uma surpresa positiva. Entretanto, Simões alerta que é preciso lembrar que em fevereiro, apesar do salto do número de casos e mortes por Covid-19 entre o final do ano passado e começo de 2021, o cenário ainda não era tão ruim quanto o que vivemos plenamente desde março e que os indicadores antecedentes mostram que o impacto mais forte da segunda onda sobre as atividades deve vir no último mês do primeiro trimestre.

Leia o comentário das projeções dos principais indicadores no Boletim Acompanhamento de Expectativas Econômicas semanal feito pela Superintendência de Estudos e Projetos (Suesp) da CNseg.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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