Susep esclarece que na venda de seguro por bilhete, comissão é opcional

Fonte: Susep

A Superintendência de Seguros Privados (Susep) enviou, nesta segunda-feira (16), ao mercado segurador, uma carta-circular esclarecendo a possibilidade de contratação direta de produtos de seguros via bilhete.

De acordo com parecer jurídico da Procuradoria Federal junto à Susep, em casos de contratação direta de seguros, o recolhimento de comissão é opcional. O parecer foi demandando à Procuradoria em virtude da norma de sandbox, que deverá ser colocada em consulta pública ainda este mês. O entendimento da Susep está em linha com os artigos 18 e 19 da Lei nº 4.594/64.

O diretor da Susep Rafael Scherre explica que a ação da autarquia objetiva trazer segurança jurídica para o mercado e, consequentemente, ampliar a concorrência e a oferta de produtos de seguros aos consumidores. “A Susep está atenta aos processos de inovação tecnológica, o que implica diretamente em novas formas de contratação de seguros. Esse é mais um instrumento que visa o desenvolvimento do mercado, buscando oferecer opções e baratear o custo final dos produtos aos consumidores”, argumenta.

Segundo relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil figura entre os países com a maior relação comissão/prêmio do mundo, com 9,77%, enquanto a Dinamarca é o país com a menor relação, com 0,9%. Os Estados Unidos registram 4,8%. Os dados também apontam que o percentual de comissão em relação ao prêmio no Brasil sobe para 19,80% se for desconsiderado o VGBL.

Com essa medida, espera-se que o preço do seguro ao consumidor final seja reduzido e que a base de pessoas seguradas no País aumente.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

3 COMENTÁRIOS

  1. Só falta agora a burocracia da Susep ,que atua como se fosse um departamento da Fenaseg,articular uma ‘Pec’ pra acabar com a profissão de Corretor de Seguros.
    O que onera o custo do seguro é o excesso de burocracia e sua financerizaçao.

  2. É importe que o preço do prêmios sejam atraentes para o consumidor final. Isso ajudará as seguradoras a venderem os seus seguros. Entretanto, existe um agente que faz parte deste processo que é o corretor de seguros. Que inclusive vai ao cliente para explicar a importância de fazer um seguro e bem como a melhor configuração deste para as necessidades com cliente. Assim, é preciso que ocorra um equilíbrio entre a intermediação de seguros e o valor das comissões com o produto seguro que está sendo oferecido. Caso o contrário, o cliente potencial para contratar um seguro nem ficará sabendo que determinado produto existe.

  3. A Susep regulamenta a profissão de corretor de seguros e ao mesmo tempo quer acabar com ela , não é o corretor que encarece o custo final do seguro . Só prá lembrar da comissão que recebemos geramos empregos e pagamos impostos, que vergonha zerar comissão, somos consultores de seguros

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Ouça nosso podcast

ARTIGOS RELACIONADOS