ATUALIZAÇÃO 3 – 07/05/2018 – Neon Pagamentos, antigo braço do Banco Neon S.A., anunciou que fechou parceria com o Banco Votorantim para que assuma a custódia e liquidação de todos os produtos financeiros da startup a partir desta segunda-feira 7. O novo banco é confirmado pela startup de serviços financeiros (fintech) três dias depois que o Banco Central anunciou a liquidação do Banco Neon, o que ocasionou a suspensão de parte das operações financeiras da Neon Pagamentos.
ATUALIZAÇAO 2- 04/05/2018 – BC ESCLARECE QUE NEON PAGAMENTOS NÃO TÊM AÇÕES DO BANCO
O Banco Central afirmou no dia 4 de maio que a Neon Pagamentos e seus sócios e controladores não são atingidos pela liquidação extrajudicial do Banco Neon. Segundo a autoridade monetária, a Neon Pagamentos é uma plataforma de tecnologia que tinha um acordo com o Banco Neon, instituição financeira tradicional, que utilizava os serviços da Neon Pagamentos para emissão de cartões pré-pagos e contas digitais. Os controladores da Neon Pagamentos não têm ações do banco.
ATUALIZAÇÃO 1: BC DECRETA LIQUIDAÇÃO DO BANCO NEON
O interesse dos investidores estrangeiros por revolucionar o mercado financeiro brasileiro é enorme. O blog Sonho Seguro questionou o entrevistado sobre ser difícil quebrar oligopólios em bancos e seguros e por isso o ritmo do crescimento das fintechs e insurtechs seria mais lento no Brasil. E ele respondeu: Um leão tem dificuldade de abater um gorila, mas 15 mil abelhas não.
Bem, parece que tem lógica. O Banco Central acaba de regulamentar as fintechs, com normativo divulgado na semana passada, e a Propel Venture Partners, de San Francisco (EUA), anunciou que fez seu primeiro investimento fora dos EUA desde que fechou um novo fundo global em agosto de 2017. No dia seguinte ao anúncio de que a Propel, focada em Fintech, juntou-se à Mononaes, do Brasil, e à Quona Capital, sediada em Washington, D.C., no financiamento de US$ 22 milhões da série A da Neon, uma startup de banco digital sediada em São Paulo, o Banco Central decretou a liquidação extrajudicial do Banco Neon S.A. A instituição de pequeno porte é de Belo Horizonte e tinha participação no banco digital Neon Pagamentos. A supervisão da autoridade monetária constatou o comprometimento da situação econômico-financeira, bem como a existência de graves violações às normas legais e regulamentares.
A Omidyar Network, a Tera e a Yellow Ventures também participaram da rodada de financiamento. A Neon lançou seus serviços em 2016 e possui mais de 600 mil usuários em todo o Brasil. Foi fundada por Pedro Conrade, de 25 anos, com o objetivo de oferecer aos clientes uma alternativa aos bancos tradicionais. A Neon é totalmente digital. Para abrir uma conta, os usuários precisam baixar o aplicativo Neon, ter mais de 18 anos de idade e ter um ID válido. No mês passado, a Neon revelou uma nova oferta de cartão de crédito e mudou-se para um espaço maior.
Nada diz que vai vender seguro, mas a aposta dos concorrentes é que vai, uma vez que a regulamentação do BC permite. No banco de dados da Crunce, que lista uma infinidade de startups que listaram captação de recursos, há mais de 403 insurtechs. Na lista das principais, que traz domicílios como Berlin, Londres, Nova York, várias brasileiras. Entre elas a Kakau, a Pitzi, a Youse, a Minuto entre outras.
A Propel disse que seu investimento na Neon é uma prova de uma “revolução financeira” que está ocorrendo no Brasil, que é conhecida por taxas de juros extremamente altas e escolhas bancárias limitadas para os consumidores. Em um comunicado à imprensa, Conrade disse que a empresa usará a mais recente rodada de financiamento para expandir seus produtos e desenvolver sua tecnologia.