No último dia 10, a Sigma, do grupo Swiss Re, divulgou o estudo final sobre o tema. As perdas totais decorrentes principalmente de furacões, incêndios florestais e inundações totalizaram US$ 337 bilhões, o segundo maior valor registrado depois de 2011 e mais que o dobro de 2016. Cerca de US$ 144 bilhões tinham cobertura de seguros. Isso deixou uma lacuna de US$ 193 bilhões em danos não cobertos por seguros, segundo o relatório anual Sigma.
Cerca de 11.000 pessoas perderam a vida ou desapareceram em catástrofes no ano passado, sendo que 8.000 dessas vítimas foram em desastres naturais. Os furacões Harvey, Irma e Maria, que deixaram uma trilha de destruição no Caribe, Porto Rico e Estados Unidos, causaram danos no valor de US$ 217 bilhões. Apenas US$ 92 bilhões dessa destruição foram cobertos pelo seguro.
Em termos de perdas econômicas, apenas os furacões Katrina, Wilma e Rita em 2006 foram mais caros. “As seguradoras precisam considerar múltiplos furacões ocorrendo em um determinado ano, tanto quanto a gravidade de eventos individuais, em sua modelagem de risco de furacões”, afirmou o relatório. Os piores incêndios florestais atingiram a Califórnia, o Canadá e Portugal, com todos esses desastres naturais custando o recorde de US$ 14 bilhões. As inundações também causaram danos financeiros significativos, com uma inundação de 6 bilhões de yuans na China, classificada como a pior catástrofe natural asiática de 2017.