2017 promete ser um ano de muitas negociações na indústria de seguros, segundo estudo da KPMG International divulgado na última quarta-feira. De acordo com o relatório chamado “The New Deal: Driving Insurance Transformation with Strategy-aligned M&A”, 84% das companhias de seguros planejam fazer entre uma e três aquisições em 2017, enquanto 94% planejam pelo menos uma desinvestimento.
Os Estados Unidos são o principal destino nacional para aquisições, com quase um quarto dos 200 entrevistados apostando em fusões, seguido por China, com 12%. Em uma base regional, no entanto, as seguradoras estão mais focadas em aquisições potenciais na Ásia-Pacífico, com 47% dos entrevistados vendo oportunidades de aquisição, seguido pela América do Norte com 21%, de acordo com o relatório. “Este é um pouco de uma estratégia de curto prazo e longo prazo”, disse Ram Menon, principal parceiro mundial da consultoria de seguros KPMG.
“Com a maior participação de mercado no setor de seguros global, os EUA continuam a oferecer uma grande oportunidade para compradores e investidores que procuram a diversificação global de riscos e ganhos. A Ásia, por outro lado, representa um mercado de massa emergente onde as seguradoras podem encontrar variadas oportunidades de crescimento estratégico de longo prazo”.
A Europa Ocidental é vista como a região com mais ativos à venda, liderada pelo Reino Unido, Itália e Espanha, com 48% dos participantes buscando uma oportunidade de alienação para as suas empresas. Um dos entrevistados atribuiu isto principalmente ao impacto da Solvência II na Europa, que delineia um regime de capital baseado no risco para seguradoras e resseguradoras. Continua preocupando também as perspectivas de recuperação econômica na região, de acordo com o relatório. O relatório descobriu que 33% dos entrevistados atribuíram a atividade de M&A ao desejo de transformar o modelo de negócios, enquanto outros 33% querem aprimorar o modelo de negócios existente.
O mau desempenho dos negócios por unidades particulares foi citado como o principal motivador para desinvestimentos por 38% dos entrevistados, enquanto 19% citaram o desejo de vender ativos não essenciais como a razão número um para se desinvestir, de acordo com o relatório. A pesquisa foi encomendada pela KPMG ao Grupo Mergermarket, que entrevistou 200 tomadores de decisão de fusões e aquisições de seguros.