Robert Bittar é presidente da Escola Nacional de Seguros desde 2005. Desde então, Bittar luta pela expansão da qualificação dos corretores por meio de parcerias com instituições internacionais, do ensino do seguro fora dos grandes centros com cursos a distância, e da divulgação do papel social do seguro. Além da Funenseg, Robert Bittar está em seu terceiro mandato como vice-presidente da Fenacor e participa da diretoria do Sindicato dos Corretores do Paraná, seu estado, desde 1987.
Para ele, o pior da crise do Brasil já passou. “A estabilização do cenário político começa a projetar sinais positivos na economia, com reflexo nos índices de inflação e desemprego, bem como na indústria da construção civil. Esse quadro traz um estímulo importante para o setor de seguros, que é altamente dependente da atividade produtiva e dos níveis de emprego e renda”, comentou em entrevista concedida em meados de setembro.
A perspectiva de recuperação do mercado já tem reflexos na área de ensino técnico da Escola Nacional de Seguros. O Curso para Habilitação de Corretor de Seguros (CHCS) registra um aumento de 75% das inscrições neste segundo semestre em comparação ao mesmo período do ano passado, somente no Estado de São Paulo. No Brasil todo, a demanda pelo curso cresceu 23%, o que evidencia um sinal de confiança.
Para ele, o setor de seguros atravessa bem este período de dificuldades, mesmo com crescimento abaixo da inflação em termos de volume de prêmios. A manutenção da base de consumidores mostra que a retomada do crescimento nos níveis anteriores à crise é uma questão de tempo. Além da evolução do quadro econômico, o mercado de seguros ainda tem muito espaço para crescer por conta de demandas reprimidas.
As perspectivas são animadoras. Em 2017, o setor de seguros deve se beneficiar de uma melhora gradual e consistente do ambiente político e econômico. Esse novo cenário inclui medidas saneadoras das contas públicas e a abertura de bons espaços para investimentos privados em infraestrutura. Dois pilares importantes defendidos pela atual equipe econômica, como a reforma da Previdência e a ampliação das concessões e privatizações, também prometem impulsionar a indústria do seguro, diz. “O setor deve se beneficiar ainda das prováveis mudanças nas regras de garantias das obras públicas e da definição de melhores práticas para a subvenção do seguro agrícola, um ramo com enorme potencial de crescimento”, finaliza.