Mercado segurador avançou 9,63% em 2015, sem saúde, para R$ 224,2 bi

Captura de Tela 2016-02-01 às 14.49.01A produção global do mercado segurador, considerando-se seguros, previdência e capitalização, somou R$ 224,2 bilhões, crescimento nominal de 9,62% e real (-) 0,95% em 2015, comparado aos R$ 204,6 bilhões do ano anterior. Excluindo o produto financeiro VGBL/PGBL, as vendas das seguradoras totalizam R$ 129,1 bilhões ante R$ 124,9 bilhões de 2014, crescimento nominal de 3,38% e real de (-) 6,59%, segundo análise feita pelo consultor Luiz Roberto Castiglione. O segmento de seguros apresentou um crescimento nominal de 4,61% e real de (-) 5,47%. Já o de previdência tradicional um crescimento nominal de 4,31% e capitalização uma queda nominal de 2,3%. “Ficam claros os efeitos da recessão da Economia. O VGBL/PGBL está contribuindo para que a manutenção das vendas globais, contudo já se encontra inferior a inflação média do período”, comentou Castiglione em estudo enviado ao blog Sonho Seguro.

Apesar da recessão, comenta o consultor, esse foi o melhor ano do mercado desde 2011. “Tivemos a melhor taxa média de retorno do Patrimônio Líquido (não consolidado tecnicamente) e a maior rentabilidade operacional”, afirma. A taxa de sinistralidade declinou, os custos de aquisição se mantiveram estáveis e os ganhos financeiros foram incrementados pelo aumento da taxa básica de juros, absorvendo um ligeiro acréscimo das despesas administrativas.

A precificação correta associada com uma regulação criteriosa justifica a melhoria do mercado, uma vez que a produção em termos reais declinou de forma importante (afora considerando o VGBL onde temos a mesma variação da inflação – IPCA – 12 meses, explica Castiglione.

Já 2016 haverá PIB negativo, o que afetará bastante o setor, prevê. Em 2015 as vendas foram tímidas, mas os estoques de prêmios foram suficientes para manter os níveis de sinistralidade comportados. “Para 2016 não termos mais gorduras e os prêmios sofreram aumentos, pelo menos para repor a inflação. Sem sombra de dúvidas a sinistralidade tenderá a crescer e a concorrência predatória se instalará”, finaliza.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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