A produção global do mercado segurador, considerando-se seguros, previdência e capitalização, somou R$ 224,2 bilhões, crescimento nominal de 9,62% e real (-) 0,95% em 2015, comparado aos R$ 204,6 bilhões do ano anterior. Excluindo o produto financeiro VGBL/PGBL, as vendas das seguradoras totalizam R$ 129,1 bilhões ante R$ 124,9 bilhões de 2014, crescimento nominal de 3,38% e real de (-) 6,59%, segundo análise feita pelo consultor Luiz Roberto Castiglione. O segmento de seguros apresentou um crescimento nominal de 4,61% e real de (-) 5,47%. Já o de previdência tradicional um crescimento nominal de 4,31% e capitalização uma queda nominal de 2,3%. “Ficam claros os efeitos da recessão da Economia. O VGBL/PGBL está contribuindo para que a manutenção das vendas globais, contudo já se encontra inferior a inflação média do período”, comentou Castiglione em estudo enviado ao blog Sonho Seguro.
Apesar da recessão, comenta o consultor, esse foi o melhor ano do mercado desde 2011. “Tivemos a melhor taxa média de retorno do Patrimônio Líquido (não consolidado tecnicamente) e a maior rentabilidade operacional”, afirma. A taxa de sinistralidade declinou, os custos de aquisição se mantiveram estáveis e os ganhos financeiros foram incrementados pelo aumento da taxa básica de juros, absorvendo um ligeiro acréscimo das despesas administrativas.
A precificação correta associada com uma regulação criteriosa justifica a melhoria do mercado, uma vez que a produção em termos reais declinou de forma importante (afora considerando o VGBL onde temos a mesma variação da inflação – IPCA – 12 meses, explica Castiglione.
Já 2016 haverá PIB negativo, o que afetará bastante o setor, prevê. Em 2015 as vendas foram tímidas, mas os estoques de prêmios foram suficientes para manter os níveis de sinistralidade comportados. “Para 2016 não termos mais gorduras e os prêmios sofreram aumentos, pelo menos para repor a inflação. Sem sombra de dúvidas a sinistralidade tenderá a crescer e a concorrência predatória se instalará”, finaliza.