O mercado financeiro, inclusive as seguradoras, foram surpreendidos com a notícia de que Andre Esteves, presidente e acionista controlador do Banco BTG Pactual teve a prisão preventiva decretada pelo Ministério Público por suspeita de obstruírem a operação Lava Jato, que investiga um esquema bilionário de corrupção que envolve a Petrobras. O grupo tem atuação também em seguros, com seguradora e resseguradora.
A agência Reuters informa que o bilionário de 47 anos vem guiando a instituição financeira por momentos turbulentos no mercado brasileiro de capitais, à medida que a economia enfrenta recessão. Esteves possui patrimônio de cerca de US$ 2,2 bilhões, de acordo a revista Forbes. O BTG Pactual é o sexto maior banco do Brasil e o maior banco de investimentos independente da América Latina.
O advogado de Esteves, Antônio Carlos de Almeida Castro, disse a jornalistas no STF que seu cliente está “tranquilo” e “certamente” não participou de tratativas para obstruir delação premiada no âmbito da Lava Jato.
“Tanto é que a prisão decretada dele, embora seja muito grave, é temporária e não preventiva. A regra é que quem tenta interferir no processo tenha prisão preventiva decretada”, afirmou o advogado.
Procurado, o BTG Pactual informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que a instituição “está à disposição das autoridades para prestar todos os esclarecimentos necessários e vai colaborar com as investigações”.
O Banco Central informou, por meio de nota, que está monitorando o impacto da prisão de Esteves sobre o BTG Pactual, acrescentando que a “instituição apresenta robustos indicadores de solidez financeira e continua atuando normalmente no mercado”.
“Cumprindo sua missão institucional de assegurar a solidez do sistema financeiro, o BC monitora o impacto dos acontecimentos para a instituição regulada”, informou o BC.