CNseg prevê crescimento de 12,4% para este ano, com destaque para saúde

Fonte: Agência Estado

Apesar de reconhecer que o Brasil vive um momento de fragilidade na economia e que o mercado de seguros tem uma relação direta com a renda da população, a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) acredita que a perspectiva para 2015 ainda é positiva, já que os índices de consumo de seguros no País, historicamente baixos, continuam representando uma oportunidade de expansão para o setor. Por isso, a entidade mantém inalterada a previsão de crescimento de 12,4% para este ano.

“Os seguros, para quem os consome, estão dentro de um patamar de necessidade, quer dizer, dentro de um orçamento já organizado. O setor sofre este impacto dos efeitos da economia de forma um pouco mais retardada com relação a outros setores”, disse a diretora executiva da CNseg, Solange Beatriz Palheiro Mendes, em um evento na capital gaúcha.

O principal destaque, segundo ela, será o seguro saúde, que deve continuar liderando o crescimento do setor – a projeção de alta para 2015 é de 17,50%. Já o segmento de automóveis deverá “sofrer um pouco”, na visão de Solange, influenciado pelo quadro macroeconômico desfavorável, que impacta a renda das famílias, e também pela crise do setor, com queda nos volumes de produção. “Com certeza, comparando com o desempenho do ano passado, o segmento terá um baque, o que não significa que não apresentará crescimento este ano”, disse.

De acordo com Beatriz, para seguirem competitivas e preservarem o mesmo nível de acesso à população em um cenário de ajuste da economia, as empresas do mercado de seguros, de maneira geral, terão que racionalizar custos administrativos. “Hoje o maior item de investimento (das seguradoras) é na área de informática, que constantemente exige modernização. Elas provavelmente terão que rever esses investimentos, mas eu vejo como uma adequação natural. Tem que reduzir custo”, falou.

Em 2014, o mercado de seguros encerrou o ano com crescimento de 9,6% – desconsiderando os dados de saúde suplementar, que ainda não foram apresentados pela ANS. O número ficou abaixo da estimativa da CNseg, que era de 11,2% e já havia sido revisada para baixo no decorrer do ano.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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