Nesta segunda-feira (5), durante a abertura da Semana Nacional de Educação Financeira, no Rio de Janeiro, foi lançada a Plataforma Aberta de acesso aos livros do Programa de Educação Financeira nas Escolas, que poderá ser acessada por professores, escolas e sociedade civil ligada à educação. A Plataforma é um dos projetos coordenados pela Associação de Educação Financeira do Brasil (AEF-Brasil) – entidade responsável por executar as ações da Estratégia Nacional de Educação Financeiras (ENEF) – e conta com apoio do Itaú Unibanco, da Fundação Itaú Social e dos Institutos Unibanco e Credit Suisse Hedging-Griffo. “A Plataforma é muito simples de ser usada. Tem uma linguagem objetiva e é de fácil acesso. Ela possibilitará disseminar conceitos de educação financeira para uma ampla base de pessoas”, afirma Leonardo Pereira, presidente do Comitê Nacional de Educação Financeira – Conef.
De acordo com Silvia Morais, superintendente da AEF-Brasil, um universo de pessoas ligadas à área da educação terá acesso a livros e situações didáticas que permitem desenvolver a capacidade do aluno de analisar criticamente o seu contexto financeiro e do mundo para que tome decisões de forma consciente.
Na quinta-feira (8), haverá um evento específico de lançamento da Plataforma para educadores, em São Paulo. O conteúdo dos 9 livros (professores, alunos e atividades) do programa está disponível nesta plataforma: ao todo são 72 situações didáticas que orientam os professores a aplicar os conceitos financeiros interligados aos conteúdos sociais. Esses conceitos são apresentados de forma didática e lúdica, a partir de situações do cotidiano, com o objetivo de desenvolver o pensamento financeiro consciente. “Não são livros de receitas de sucesso e sim um aprendizado de como planejar a vida, de optar pelas melhores escolhas para si”, afirma Yael Sandberg, gestora de projetos da AEF-Brasil.
A Plataforma também contém informações para os professores implementarem a educação financeira de forma integrada à sua disciplina. Qualquer matéria pode ser enriquecida com conteúdo dos livros, que sugere atividades e ajuda o professor a reconhecer competências que podem ser trabalhadas. Essa abordagem reflete o objetivo da ENEF de informar, orientar e formar os alunos.
Não há restrição de acesso à Plataforma Aberta de acesso aos livros do Programa de Educação Financeira nas Escolas. Todos os professores das mais de 27 mil escolas públicas e privadas do ensino médio do Brasil poderão entrar no site www.edufinanceiranaescola.org.br, preencher o cadastro e fazer o download do conteúdo. Além disso, educadores da sociedade civil organizada também podem dispor das informações para subsidiar iniciativas na área de educação financeira.
Evento exclusivo para educadores – Além do lançamento na abertura da Semana ENEF, haverá um evento dirigido a educadores para apresentação detalhada da Plataforma e para mostrar porque Educação Financeira tem tudo a ver com as escolas. Este evento será realizado na próxima quinta-feira (8), em São Paulo, no Hotel Tivoli Mofarrej (Al. Santos, 1.437 – Cerqueira César).
Participarão da solenidade Cristina Thomas de Ross, do MEC; Ana Legovini, diretora do Banco Mundial; Silvia Morais, superintendente da AEF-BRASIL; Denise Hills, superintendente de sustentabilidade do Itaú Unibanco entre outros participantes.
Sobre a AEF-Brasil – A AEF-BRASIL é uma associação sem fins lucrativos, criada por quatro entidades do mercado financeiro, a Anbima – Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais, a BM&FBOVESPA, a Confederação Nacional de Seguros Privados – CNSEG e a FEBRABAN – Federação Brasileira de Bancos, com objetivo de auxiliar o governo na implantação da Estratégia Nacional de Educação Financeira – ENEF. Essas quatro entidades financiam todas as despesas administrativas da AEF-BRASIL, que tem convênio com o Comitê Nacional de Educação Financeira – CONEF para desenvolver os projetos e ações previamente aprovados pelo órgão.
Uma das primeiras atividades da AEF-BRASIL foi o 1º Mapa da Educação Financeira no Brasil, lançado em abril deste ano. O mapeamento mostrou um panorama das iniciativas de educação financeira disponíveis no Brasil, como projetos, ferramentas, blogs e aplicativos de entidades que atuam nessa área e até de pessoas físicas. Foram identificadas mais de 800 iniciativas. A ideia do Mapa é apresentar uma fotografia do cenário atual para aprimorar as ações que já existem, aumentar as sinergias e melhorar o entendimento sobre os resultados positivos.
Outra ação da AEF-Brasil foi desenvolvida para jovens de 14 a 21 anos do ensino médio, que receberam aulas de educação financeira conforme projeto piloto da ENEF, o qual foi conduzido em 448 escolas (Ceará, Tocantins, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Distrito Federal). O projeto-piloto envolveu 27 mil alunos e 1.500 professores. Foram produzidos três livros: um para o aluno, um para o professor e um livro com situações gerais. O projeto ofereceu treinamento de 16 horas a esses 1.500 professores. Depois da ação, o Banco Mundial realizou uma análise que comparou essas 448 escolas com outras 500 escolas onde nada foi feito em educação financeira, com o objetivo de identificar alguma diferença no comportamento dos jovens.
A análise constatou que os alunos das escolas onde houve intervenção mostraram um nível de letramento financeiro 7% superior ao das escolas onde nada foi feito e, as famílias desses alunos mostraram nível de poupança 1% maior do que quando comparado as famílias de alunos sem disciplina de educação financeira. Isso comprovou que o jovem funciona como um indutor de mudança de comportamento dentro da família.