ENEF lança plataforma eletrônica de acesso a livros de educação financeira

ed fianc logotipo2014Release

Nesta segunda-feira (5), durante a abertura da Semana Nacional de Educação Financeira, no Rio de Janeiro, foi lançada a Plataforma Aberta de acesso aos livros do Programa de Educação Financeira nas Escolas, que poderá ser acessada por professores, escolas e sociedade civil ligada à educação. A Plataforma é um dos projetos coordenados pela Associação de Educação Financeira do Brasil (AEF-Brasil) – entidade responsável por executar as ações da Estratégia Nacional de Educação Financeiras (ENEF) – e conta com apoio do Itaú Unibanco, da Fundação Itaú Social e dos Institutos Unibanco e Credit Suisse Hedging-Griffo. “A Plataforma é muito simples de ser usada. Tem uma linguagem objetiva e é de fácil acesso. Ela possibilitará disseminar conceitos de educação financeira para uma ampla base de pessoas”, afirma Leonardo Pereira, presidente do Comitê Nacional de Educação Financeira – Conef.

De acordo com Silvia Morais, superintendente da AEF-Brasil, um universo de pessoas ligadas à área da educação terá acesso a livros e situações didáticas que permitem desenvolver a capacidade do aluno de analisar criticamente o seu contexto financeiro e do mundo para que tome decisões de forma consciente.

Na quinta-feira (8), haverá um evento específico de lançamento da Plataforma para educadores, em São Paulo. O conteúdo dos 9 livros (professores, alunos e atividades) do programa está disponível nesta plataforma: ao todo são 72 situações didáticas que orientam os professores a aplicar os conceitos financeiros interligados aos conteúdos sociais. Esses conceitos são apresentados de forma didática e lúdica, a partir de situações do cotidiano, com o objetivo de desenvolver o pensamento financeiro consciente. “Não são livros de receitas de sucesso e sim um aprendizado de como planejar a vida, de optar pelas melhores escolhas para si”, afirma Yael Sandberg, gestora de projetos da AEF-Brasil.

A Plataforma também contém informações para os professores implementarem a educação financeira de forma integrada à sua disciplina. Qualquer matéria pode ser enriquecida com conteúdo dos livros, que sugere atividades e ajuda o professor a reconhecer competências que podem ser trabalhadas. Essa abordagem reflete o objetivo da ENEF de informar, orientar e formar os alunos.

Não há restrição de acesso à Plataforma Aberta de acesso aos livros do Programa de Educação Financeira nas Escolas. Todos os professores das mais de 27 mil escolas públicas e privadas do ensino médio do Brasil poderão entrar no site www.edufinanceiranaescola.org.br, preencher o cadastro e fazer o download do conteúdo. Além disso, educadores da sociedade civil organizada também podem dispor das informações para subsidiar iniciativas na área de educação financeira.

Evento exclusivo para educadores – Além do lançamento na abertura da Semana ENEF, haverá um evento dirigido a educadores para apresentação detalhada da Plataforma e para mostrar porque Educação Financeira tem tudo a ver com as escolas. Este evento será realizado na próxima quinta-feira (8), em São Paulo, no Hotel Tivoli Mofarrej (Al. Santos, 1.437 – Cerqueira César).
Participarão da solenidade Cristina Thomas de Ross, do MEC; Ana Legovini, diretora do Banco Mundial; Silvia Morais, superintendente da AEF-BRASIL; Denise Hills, superintendente de sustentabilidade do Itaú Unibanco entre outros participantes.

Sobre a AEF-Brasil – A AEF-BRASIL é uma associação sem fins lucrativos, criada por quatro entidades do mercado financeiro, a Anbima – Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais, a BM&FBOVESPA, a Confederação Nacional de Seguros Privados – CNSEG e a FEBRABAN – Federação Brasileira de Bancos, com objetivo de auxiliar o governo na implantação da Estratégia Nacional de Educação Financeira – ENEF. Essas quatro entidades financiam todas as despesas administrativas da AEF-BRASIL, que tem convênio com o Comitê Nacional de Educação Financeira – CONEF para desenvolver os projetos e ações previamente aprovados pelo órgão.

Uma das primeiras atividades da AEF-BRASIL foi o 1º Mapa da Educação Financeira no Brasil, lançado em abril deste ano. O mapeamento mostrou um panorama das iniciativas de educação financeira disponíveis no Brasil, como projetos, ferramentas, blogs e aplicativos de entidades que atuam nessa área e até de pessoas físicas. Foram identificadas mais de 800 iniciativas. A ideia do Mapa é apresentar uma fotografia do cenário atual para aprimorar as ações que já existem, aumentar as sinergias e melhorar o entendimento sobre os resultados positivos.

Outra ação da AEF-Brasil foi desenvolvida para jovens de 14 a 21 anos do ensino médio, que receberam aulas de educação financeira conforme projeto piloto da ENEF, o qual foi conduzido em 448 escolas (Ceará, Tocantins, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Distrito Federal). O projeto-piloto envolveu 27 mil alunos e 1.500 professores. Foram produzidos três livros: um para o aluno, um para o professor e um livro com situações gerais. O projeto ofereceu treinamento de 16 horas a esses 1.500 professores. Depois da ação, o Banco Mundial realizou uma análise que comparou essas 448 escolas com outras 500 escolas onde nada foi feito em educação financeira, com o objetivo de identificar alguma diferença no comportamento dos jovens.

A análise constatou que os alunos das escolas onde houve intervenção mostraram um nível de letramento financeiro 7% superior ao das escolas onde nada foi feito e, as famílias desses alunos mostraram nível de poupança 1% maior do que quando comparado as famílias de alunos sem disciplina de educação financeira. Isso comprovou que o jovem funciona como um indutor de mudança de comportamento dentro da família.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Ouça nosso podcast

ARTIGOS RELACIONADOS