O poder das redes sociais para divulgar seguros

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*matéria produzida para o site da CNSeg (www.viverseguro.org.br)

A começar pelo nome do palestrante do segundo painel “Redes Sociais, ferramenta de marketing e vendas para o corretor de seguros”, dá para se ter uma idéia do quanto as mídias sociais são revolucionárias e diferentes. Junior Wm, diretor da A1 Brasil, viu um fórum de debates se transformar em um dos sites mais acessados da internet em pouco tempo. “Não há espaço mais para uma mensagem tipo o meu produto é bom e ponto final. As pessoas hoje vão dizer o que pensam de vocês”.

Prova disso é o que aconteceu com Michael Douglas recentemente. A discussão com a ex-namorada por telefone foi parar na internet. Com frases agressivas, o ator viu sua fama passar de galã para uma pessoa preoconceituosa em minutos e ainda perdeu patrocinadores após o video se tornar um dos mais vistos no Youtube.

O palestrante está do outro lado. O do sucesso com as redes sociais. Junior Wm faz parte de um projeto chamado Papo de Homem. “O fórum virou um blog e este ano ganhou prêmio de melhor revista digital para universo masculino”, contou aos mais de 300 participantes físicos e outros 1,5 mil online do III Seminário Internacional de Marketing e Vendas Vida e Previdência, promovido hoje pela Fenaprevi, em São Paulo.

Em 2000, havia 45 mil blogs, em sua grande maioria de projetos científicos. Dez anos depois, 200 milhões de blogs. Mais do que a população brasileira. O twitter chega a uma taxa de crescimento estável de 450% no Brasil. No ano passado, US$ 14 milhões foi o valor de venda do domínio sex.com. O usuário do Youtube vai precisar de 412 anos para ver todos os vídeos publicados pelo site. 73% dos usuários ativos lêem blogs. 45% dos usuários da internet começaram um blog. 48% dos usuários recebem feeds, ou seja, a atualização das notícias dos blogs por email. 64% dos usuários postam suas opiniões.

São números significativos. Para se ter uma ideia, 91% das pessoas compram por indicação de amigos, o que mostra a força das redes sociais. Isso nos faz perceber que controlar e persuadir pessoas a adquirirem produtos e serviços não funciona mais. Por isso, segundo ele, as empresas precisam dar voz para as pessoas se expressarem dentro da companhia. Faz bem para a marca, e o consumidor se sente mais próximo.

O especialista repete várias vezes a frase: a rede é democrática. “É preciso quebrar o paradigma de que você está no controle. No passado, ter a informação significava ter poder. Hoje, quanto mais você dividir as informações, mais poder terá. O desafio está em fazer esta informação fazer a diferença na vida da pessoa.

O especialista mostrou várias formas de como seguradoras e corretores de seguros podem tirar benefício da comunicação digital. O primeiro passo é ser transparente. Vários exemplos de empresas que editaram ou apagaram comentários de usuários das mídias sociais amargaram prejuízos de imagem. “Isso acaba sendo denunciado e traz muitos problemas”, afirma o especialista. “Não existe mais eu sou a marca e você é o usuário. Tem de falar com todos, desde a faxineira que usa o Orkut até o empresário plugado no Facebook.”

Resumindo, Junior Wm mostrou a estratégia da seguradora AllState, uma das maiores dos Estados Unidos. “Ela criou uma plataforma de marcas e pensou no usuário 360 graus”, diz. Um exemplo é que em sua página principal na Internet, a AllState disponibiliza o enderço do Twitter e Facebook como uma forma de comunicação. “Não tem email. Email é velho”, analisa Junior Wm.

A seguradora criou um site para divulgar seguro de carro, no qual não fala de seguro de carro. Traz conteúdo de coisas legais para fazer com o carro ou pequenas dicas de como cuidar do veículo ou como agir em situações que envolvem o veículo. “O que vai fazer o internauta contratar o seguro é lembrar do video que viu no site da seguradora de como montar um triangulo no momento que estiver às 2 da manhã com um pneu furado na Via Dutra, por exemplo”. A seguradora AllState tem 18,3 mil fãs cadastrados no site de ideias inspiradoras e 26 mil pessoas no Facebook. “Quando eu inspiro, eu faço o engajamento e crio uma marca que vibra”.

Junior Wn afirmou que o objetivo não é vender seguro pelas mídias sociais e sim congregar. “Na venda de seguro é primordial o olho no olho. Mas a divulgação por meio das mídias sociais fará com que o cliente lembre mais de você do que de seus concorrentes ao voce divulgar bons exemplos”.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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