Com apresentação da jornalista Leila Sterenberg, o nono episódio da segunda temporada do Conversa Segura, uma série do videocast SeguroPod, que vai ao ar nesta quinta-feira, 29, abordou como a Previdência Privada e o Seguro de Vida podem ser instrumentos garantidores de um futuro mais saudável e financeiramente sustentável.
O episódio conta com a participação de Patricia Freitas, presidente da Prudential do Brasil Seguro de Vida; do Deputado Federal Mauro Benevides (PDT-CE); e com Edson Franco, presidente da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi). Dentre os assuntos citados durante a entrevista, os convidados discutiram os tabus relacionados ao Seguro de Vida, as coberturas oferecidas pelo mercado, a segurança financeira que pode ser alcançada com a Previdência e como este produto pode garantir um futuro mais tranquilo na velhice.
Atualmente, segundo pesquisa recente da FenaPrevi, apenas 9% dos brasileiros possuem algum plano de previdência e 18% têm Seguro de Vida. Os números, segundo o presidente da Federação, revelam uma oportunidade de expansão do mercado, mas também uma situação preocupante no ponto de vista da existência de um déficit de cobertura securitária. “Existem várias questões que levam a isso, como a renda e emprego. Entre escolher a necessidade básica de pagar as contas do mês e a cobertura de uma proteção abstrata futura, naturalmente as pessoas optam pela subsistência”, disse.
Aliado a isso, Edson Franco destaca a falta de conhecimento e o acesso aos produtos existentes no mercado como pontos importantes para a não contratação do seguro. Neste ponto, Patricia Freitas explica que “hoje há uma gama de seguros mais simples e que estão acessíveis à população”, mas também alerta que o mercado “tem um dever importante de simplificar o acesso aos produtos”.
Déficit Previdência
Durante a explanação, o deputado Benevides sinalizou outro desafio quando se pensa na garantia de um futuro sustentável. De acordo com ele, a receita menor que a despesa gerou um déficit na previdência pública na ordem de R$ 108 bilhões e de R$ 300 bilhões no INSS. O deputado explica que isso está acontecendo por conta da ampliação da expectativa de vida e a redução da média familiar.
“Temos um problema estrutural. No setor público, criamos o sistema de previdência complementar, mas no INSS tem que haver outra mudança. Além da emenda constitucional 103 (Reforma de Previdência), pensamos que esse valor de 7 mil seja reduzido para 4 mil ou para 3,8 mil para diminuir o déficit”, alerta.
O deputado acrescenta que a Previdência Privada seria o complemento de renda necessário. “Eu temo que no futuro o governo não tenha dinheiro para pagar as aposentadorias. Daqui a 30 anos vamos ter menos contribuintes e mais aposentados, ou seja, vamos ter uma falência do sistema e é aí que entrar a Previdência Complementar”, concluí.
