Com apresentação da jornalista Leila Sterenberg, o sétimo episódio da segunda temporada do Conversa Segura, uma série do videocast SeguroPod, que vai ao ar nesta quinta-feira, 15, abordou a longevidade, discutindo as formas de garantir que o envelhecimento seja acompanhado de qualidade de vida. Assista às entrevistas no canal do Spotify e no Youtube da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg).
O episódio conta com a participação de Jorge Nasser, diretor-presidente da Bradesco Vida e Previdência, e Nilton Molina, presidente do Conselho de Administração da MAG Seguros e do Instituto de Longevidade da MAG. Durante a entrevista, os convidados abordaram os desafios da longevidade em um cenário de aumento da expectativa de vida da população e os impactos sociais, econômicos e comportamentais que vieram junto com a longevidade.
Para Nasser há uma miopia sobre a discussão do futuro, uma vez que o brasileiro ainda acredita o milagre. “Nós somos um país que tem a cultura do milagre, não por acaso se aposta na loteria. Em 2022, o brasileiro apostou o equivalente a R$ 23 bilhões em loteria; em 2023, somente no Bet, foram R$ 50 bilhões. Tem uma dissonância cognitiva no brasileiro quando a gente fala sobre conhecimento, pois ao mesmo tempo o brasileiro acredita que vai viver da renda do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), mesmo sem saber qual é o valor”.
De acordo com Molina, o Brasil está caminhando para um impacto, que não sabemos a dimensão, quando pensamos no Seguro Social. O executivo destaca que o Brasil tem taxa de reprodução negativa há 15 anos. “Hoje, a relação entre contribuinte da previdência e recebedores de aposentadoria e pensão é de dois ativos pagando a conta para um inativo. Em 2050 será de um beneficiário para um contribuinte, mas em 2060 0,85 de contribuintes para um beneficiário”, detalha. Ele prevê que daqui a 15 ou 20 anos o maior benefício do seguro social brasileiro será de um salário-mínimo. “Isso vai acontecer porque a sociedade não terá recurso para pagar”.
Os entrevistados acreditam que um dos caminhos para mudar esse cenário seria trabalhar o planejamento financeiro e a previdência nas escolas.