Nova norma para insurtechs deve sair em 30 dias, diz Solange Vieira, da Susep

Insurtechs, seguro garantia e mudanças nas regras de investimentos para planos de previdência aberta foram os principais temas abordados ontem Solange Vieira, titular da Superintendência de Seguros Privados (Susep), em entrevista a jornalista Miriam Leitão, realizada na GloboNews.

O primeiro passo será lançar novas regras para insurtechs. “Estamos muito atentos a tecnologia, pois achamos que no futuro as seguradoras serão bem diferentes do que são  hoje. Trabalhamos em uma norma que deve ser divulgada em 30 dias, no qual vamos permitir um período de testes para as insurtechs entrarem no mercado com regras diferenciadas, visando dar fôlego às novatas, pois inicialmente elas não conseguem cumprir exigências do aporte de capital determinado hoje para todos”.

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Solange afirmou que o mercado segurador tem muito a avançar, quando comparado a outros países. “A nossa participação no PIB está atrás de países como África e Chile”, citou. Isso mostra, acrescentou, que mesmo que o Brasil não avance, o setor de seguros tem muito a crescer.  Destacou as mudanças esperadas na legislação que envolve o seguro garantia, que prevê a entrega de uma obra mesmo se algo der errado. Sem citar percentuais, apenas enfatizou que o percentual será elevado para que a seguradora possa retomar a obra. “Isso vai ser uma revolução para o setor e para os investimentos em infraestrutura”, acredita. A expectativa do setor é de que a garantia ofertada por seguro para um financiamento de infraestrutura passe de 5% para 30%.

Em relação a previdência, Solange acredita que a reforma vai acontecer pois está acima dos partidos. “É uma demanda da sociedade”, afirmou. A jornalista ponderou que tudo vai depender do tipo de reforma que for aprovada para se afirmar que é uma demanda da sociedade.  Acontecendo ou não a reforma esperada, está na agenda da Susep desenvolver mudar as regras para que os fundos abertos como PGBL e VGBL possam desenvolver investimentos de longo prazo, pois hoje eles aplicam em curto e médio prazo. “Do lado do fundos de pensão, queremos que o participante tenha a chance de migrar para outra instituição, estimulando assim a concorrência”, citou.

Sobre a junção da Previc e Susep, Solange afirmou que são dois setores que tem muito em comum e por isso o assunto previdência, fundos abertos e fechados, pode ser unificado. 

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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