AgroTools promove debate sobre transformação digital do seguro rural e crédito no agronegócio

Comunicado

O evento AgFinTech – A Nova Era do Seguro e Crédito Rural, que acontece no próximo dia 4 de julho, na Casa do Saber, em São Paulo, lançará o conceito AgFinTech. Criado pela AgroTools, compreende o processo de transformação digital aplicado às instituições financeiras que se relacionam com o produtor rural. A utilização do sensoriamento remoto e de sistemas GIS Web na fiscalização das operações de crédito rural, na mensuração e gestão dos riscos das lavouras e no monitoramento de garantias/CPRs, entre outros temas relacionados ao uso da tecnologia no segmento, também serão pautas dos debates.

O ex-secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo e ex-presidente da Sociedade Rural Brasileira, João Sampaio, será um dos palestrantes. Sampaio destacará a interdependência entre o campo, o produtor, o clima, o crédito, o seguro rural e as limitações para o desenvolvimento saudável do agronegócio no país.

É como um efeito dominó: a população precisa ser alimentada. Para tanto, o produtor rural deve plantar. Para plantar, necessita de linhas de crédito e respaldo financeiro contra perdas. Mas emprestar dinheiro com taxas justas ou assegurar a produção requer que as instituições financeiras tenham acesso a informações precisas sobre clientes e suas áreas para então mensurar os riscos das transações. E é neste entrave que o conceito AgFinTech atua. “Existe um apagão de informações no agronegócio brasileiro que prejudica toda a cadeia”, diz o fundador da AgroTools, Sergio Rocha. “E a resposta para isso são as soluções digitais em linha com as necessidades do AgFintech, principalmente aquelas baseadas na coleta e no uso de dados do território agrícola, raciocínio geoespacial e no profundo entendimento do que o setor realmente precisa.”

Esse é o tema central do debate promovido pela AgroTools no próximo dia 4 de julho, na Casa do Saber, em São Paulo. O AgFinTech – A Nova Era do Seguro e Crédito Rural reunirá especialistas de instituições financeiras, além de representante do Banco Central, para falar sobre temas como a Resolução 4.427 do BACEN, que permite a utilização do sensoriamento remoto para fins de fiscalização de operações de crédito rural. “A partir do momento em que o BACEN autoriza o uso da geotecnologia para esse fim, os bancos contarão com informações mais qualificadas, melhorando o lastro real, tornando empréstimos e seguros mais acessíveis”, complementa Sergio. Estima-se que menos 15% das produções rurais no país estejam seguradas, enquanto nos Estados Unidos esse percentual está acima dos 85%. “Temos um mercado latente, que precisa estar aparelhado com o uso da tecnologia da informação para precificar as transações de maneira mais justa, com uma visão clara dos riscos.”

Segundo Sergio, o papel de mitigar os riscos das intempéries climáticas, por exemplo, não é do produtor, mas sim dos serviços financeiros e do Estado. “Essa inversão de papéis transforma unilateralmente o produtor rural em um especulador, vitimado pela ausência do papel das autoridades ou pela falta de mitigadores adequados a esse mercado.”

O cenário atual das instituições, que atuam junto ao agronegócio (cooperativas de crédito, seguradoras, resseguradoras, bancos púbicos e privados e órgãos regulamentadores); as percepções e distorções da realidade de campo; a dinâmica de gestão de riscos e as exigências do mercado nacional e internacional são outros temas que serão debatidos.

“O objetivo é promover uma ampla discussão sobre a adoção das tecnologias e a influência que causarão nas relações entre as instituições financeiras e o campo”, diz o diretor de inovação da AgroTools, Breno Felix.

AgFinTech X métodos tradicionais de análise e monitoramento

No Brasil, apesar da revolução digital em curso nos últimos anos, a maior parte da gestão de risco para as empresas que financiam ou realizam seguros e resseguros no agronegócio ainda é focada em conclusões extraídas de métodos convencionais de análise, como a conferência manual de documentos e visitas técnicas aos produtores rurais, o que torna os trâmites limitados, imprecisos e lentos, gerando insegurança para o setor. “A falta de informações georreferenciadas e de procedimentos automatizados, que poderiam tornar o processo de análise, mensuração e monitoramento eficaz e seguro, compromete a acessibilidade às boas linhas de crédito,  inviabiliza financiamentos mais adequados e o próprio seguro rural, gerando assim, prejuízo para toda a cadeia de valor do agronegócio no Brasil, que precisa desses recursos”, diz Breno.

A proposta da AgroTools é justamente otimizar as relações entre produtor rural e as instituições financeiras envolvidas com o agronegócio por meio do AgFinTech. “A facilidade de acesso e a precisão dos dados (garantida pelo uso de informações mais locais e menos baseadas em “médias municipais”) motivará uma revolução digital também nos serviços financeiros de agronegócio.”, diz Sergio.

De acordo com o fundador da AgroTools, a empresa agrega essa capacidade de gerar dados onde não há, conectando tecnologias de ponta, como internet das coisas (IoT) e blockchain, gerando valor para o segmento. “Podemos afirmar que nossas soluções contribuem para a sustentabilidade do agronegócio no país, de forma prática.”

Empresa B – O fomento às práticas ambientalmente responsáveis por meio de soluções tecnológicas para os players do agronegócio levou a AgroTools a ser reconhecida, em junho deste ano, como Empresa B. A certificação internacional atesta que o modelo de negócios da companhia visa o desenvolvimento social e ambiental. “Somos a primeira empresa brasileira de tecnologia para o agronegócio com a certificação”, diz o diretor comercial da AgroTools, Lucas Tuffi.

Uma das inovações internacionais da empresa é a tecnologia pioneira, desenvolvida para atestar se tanto a propriedade como o produtor apresentam inconsistência socioambiental: unidade de conservação, áreas embargadas, trabalho análogo à escravidão e desmatamento, entre outros critérios.

AgroTools – A AgroTools é uma empresa de inteligência para as corporações do agronegócio. Atualmente, é a maior referência em entrega de insights e soluções digitais integradas nesse mercado, graças a tecnologias brasileiras 100% proprietárias, a maior coleção de dados aplicada ao agronegócio tropical do mundo e o profundo entendimento do setor. Tem a missão de conectar os diferentes atores do agronegócio por meio de inteligência territorial. Tornou-se a guardiã de um território de mais de 200 milhões de hectares, equivalentes à área da Itália, França, Alemanha e Dinamarca juntas, somando mais de 150 mil análises realizadas por dia.

A AgroTools possui diversas soluções digitais direcionadas para os inúmeros participantes do agronegócio, entre eles, empresas de serviço financeiro (Rabobank, Fairfax do Brasil, Santander, IRB Brasil RE, Itaú BBA, Banco ABC, BTG Pactual etc.), companhias do setor de grãos (Amaggi, ADM, Caramuru, Cofco Intl, Fiagril, CHS, etc.), como também grandes empresas de proteína animal (JBS, BRF, etc.), escritórios de advocacia e grupos agropecuários, entre outros.

As soluções AgroTools, especializadas no agronegócio tropical, também são reconhecidas e utilizadas por corporações internacionais como McDonald’s, Walmart e Carrefour, que têm o objetivo de proteger as suas marcas (Brand Protection) na aquisição/concessão da matéria prima/crédito sustentável, em compliance com os respectivos protocolos.

 

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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