Fonte: CNseg
“Vocês já ouviram falar de Pacto Intergeracional?”. Com essa interrogação, a presidente da FenaSaúde, Solange Beatriz Palheiros Mendes, abre o programa “Fique Seguro” desta semana, veiculado pelo “Canal Seguro”, no Youtube. Ela explica a importância desse pacto para todos que têm plano de saúde, mas que ainda não compreendem os desafios com os quais se depara esse segmento de mercado para manter ativo o atendimento. “Muito se fala sobre a sustentabilidade da saúde suplementar no Brasil. Que as mensalidades aumentam acima dos índices de inflação e que ainda assim os planos de saúde estão em dificuldade. O que pouca gente entende é que esse setor tem enormes desafios, começando pelo modelo de financiamento, uma vez que o custo assistencial sobe à medida que envelhecemos e passamos a utilizar mais o sistema”, ressalta Solange.
Com o passar da idade — acentua a presente da FenaSaúde —, aumenta a incidência de doenças crônicas que exigem mais cuidados médicos e exames de alta complexidade internações mais frequentes. “É natural que os mais idosos usem mais os planos de saúde e que o gasto, por sua vez, também seja maior. É por isso, que no Brasil, a legislação que regula os planos de seguros de saúde permite que os grupos de risco sejam organizados por faixa etária”, completa a executiva.
Mas até que seja atingida a idade limite, ou seja, 59 anos, é necessário que esses reajustes sejam efetuados para garantir o equilíbrio entre os que usam menos e os que usam mais o plano de saúde. Essa solidariedade entre as gerações significa que os mais jovens, com menor incidência de risco na saúde, custeiem a maior parte da utilização feita pelos mais idosos. “Na medida em que o tempo passa, as pessoas vão mudando de faixa etária. E como prevê a legislação e a boa técnica atuarial, devem ter suas mensalidades reajustadas. Cada beneficiário deverá ter reajuste no valor da sua contribuição mensal na medida em que mudar de uma para outra faixa etária”, conclui Solange.