Caixa Seguridade pede à CVM registro para abrir capital, informa Estado de São Paulo

Fonte: Jornal Estado de São Paulo

Logo depois do IRB Brasil RE, a Caixa Seguridade, braço de seguros do banco estatal, pediu à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) o registro de sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). A oferta, que deve girar cerca de R$ 10 bilhões, conforme fontes, será apenas secundária, ou seja, o dinheiro levantado não irá para o caixa da companhia.

No prospecto preliminar ainda não constam datas para a realização da oferta, mas fontes destacam que a expectativa até aqui é de que ela ocorra no final de outubro. A oferta será realizada no Novo Mercado, que é o segmento de mais elevadas exigências de governança corporativa da BM&FBovespa.

O IPO da Caixa Seguridade é a oferta mais aguardada para este ano no mercado. A expectativa em torno da operação ganhou um ânimo extra após o IPO da Par Corretora em junho último, que além de alcançar uma demanda dez vezes superior à oferta, apresentou na estréia na Bolsa uma alta de mais de 12% das ações.

A Caixa consta no prospecto como o acionista vendedor. O IPO daCaixa Seguridade,assim como o do ressegurador IRB, vem naesteira do esforço para a composição do superávit primário, previsto hoje em 0,15% do Produto Interno Bruto (PIB).

“ACaixa Seguridade é o quarto maior grupo segurador do País, agregando as participações societárias da Caixa Econômica Federal nos ramos de seguridade e corretagem de seguros (…), sendo a empresa líder no segmento de seguros habitacionais”, destaca a companhia em seu prospecto preliminar. No mesmo documento a companhia frisa que um de seus pontos fortes é a exclusividade “de acesso a uma base de cerca de 80 milhões de clientes da Caixa e a potenciais novos clientes nos canais não-bancários”.

O prospecto ainda não abre quantas ações serão ofertadas e nem a faixa indicativa de preço, mas detalha que além de um lote principal haverá, caso tenha demanda, um lote adicional (até 20% do principal) e um suplementar (até 15% do principal).

IRB. O ressegurador IRB Brasil RE pediu aval à CVM na segunda-feira para realizar sua oferta. A oferta também será secundária e pode girar, segundo fontes, mais de R$ 3 bilhões.

O prospecto ainda não possui datas em relação ao cronograma da ofertas, mas a intenção é de que o IPO aconteça no início de outubro, destacam fontes. A abertura de capital da empresa, que possui participação da União, acontece na esteira do ajuste fiscal, por isso irá testar o humor dos investidores mesmo em momento de alta aversão ao risco. A União possui 11,69% das ações, o FGEDUC (Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo) 15,76%, BB Seguros 20,43%, Itaú Seguros 14,72%, Itaú Vida 0,22% e FIP Caixa Barcelona 9,85%.

O prospecto ainda não mostra quanto cada acionista irá se desfazer, mas fontes afirmam que o governo federal vai vender todas as ações que possui na empresa que estão fora do acordo de acionistas Ainda de acordo com fontes, a União realizará a venda por meio do Fundo de Garantia de Operações do Crédito Educativo (FGEDUC), “um fundo para o qual a União transferiu suas ações no IRB que estão fora do acordo”, destaca uma fonte.

O FGEDUC tem por finalidade garantir parte do risco em operações de crédito educativo no âmbito do Fies. A garantia é de, no máximo, 90% do valor da operação.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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