Vendas de seguros no mundo totalizam US$ 4,64 trilhões em 2013

pr_sigma3_2014_table1Saiu o tão esperado estudo mundial da indústria de seguros com os dados de 2013. Segundo a Sigma, divisão de estudos da Swiss Re, o total de prêmios no mundo registrou alta de 1,4% em termos reais em 2013, para US$ 4,64 trilhões, um percentual menor do que 2,5% registrado em 2012. O faturamento de seguros gerais avançou 2,7%, para US$ 2,03 trilhões, mas o segmento de vida evoluiu somente 0,7%, para US$ 2,61 trilhões.

De acordo com o levantamento, em 2004, o consumo per capita do Brasil em seguros girava em torno de US$ 101. No ano passado, o valor subiu para US$ 443, salto de 338,6%. Já a fatia correspondente ao mercado brasileiro no contexto mundial, em termos de receita de prêmios, também convertida em dólares, subiu de 0,6% para 1,9% em dez anos.

Mas o crescimento da receita global de prêmios emitidos diminuiu em 2013, subindo apenas 1,4% em termos reais, para US$ 4,641 trilhões. Em 2012, a alta fora de 2,5%, conforme revela o estudo Sigma mais recente da Swiss Re. A desaceleração é atribuída principalmente ao fraco desempenho de países mais avançados nas vendas de seguros de vida, que respondem por mais de 56% do mercado internacional.

O faturamento mundial dos seguros de vida, segundo o estudo, cresceu apenas 0,7% no ano passado, atingindo US$ 2,608 trilhões, abaixo da expansão de 2,3% em 2012. Os avanços observados na Itália (21,1%), França (3,9%), Reino Unido (2,6%) e Alemanha (2,2%) não foram suficientes para evitar a queda de 0,2% na receita de prêmios de vida movimentada nos mercados desenvolvidos, da ordem de US$ 2,2 trilhões. A demanda desacelerou fortemente nos Estados Unidos (-7,7%), para US$ 533 bilhões, e no Japão a evolução foi modesta (1,4%), para US$ 423 bilhões.

O recuo acentuado no mercado norte-americano no ano passado foi devido ao não-retorno de grandes negócios corporativos que impulsionaram os negócios em 2012. “A desaceleração do setor nos EUA estava fora de sincronia com a recuperação econômica lá”, diz o economista-chefe da Swiss Re, Kurt Karl, que acrescenta: “Sim, a economia desacelerou um pouco, mas os números de emprego do ano passado e do mercado imobiliário foram positivos. Mesmo retirando o efeito dos grandes negócios corporativos em 2012, os prêmios de vida dos Estados Unidos ainda teriam tido queda de 1,6%”.

O desempenho do seguro de vida no mundo só não foi pior em 2013 graças aos mercados dos países emergentes, que registraram expansão de 6,4%, ao captar prêmios de US$ 408 bilhões (quase 17% do total do ramo vida). O crescimento foi sólido na América Latina e Caribe (12,2%), África (12,8%), Sul e Leste da Ásia (4,1%) e Oriente Médio e Ásia Central (5,6%). Na região emergente, a China (3,1%) e índia (0,5%) retomaram o crescimento, depois de sofrerem quedas nas vendas em 2012 devido a mudanças regulamentares. A Rússia avançou 47,4%, o Brasil 14,7% e o México, 7,3%.

Apesar de um crescimento menor que o registrado em 2012, de 2,7%, o estudo da Swiss Re mostra que o mercado global de seguros não-vida avançou 2,3% em 2013, aos US$ 2,033 trilhões. Nos mercados emergentes, o crescimento dos prêmios não-vida manteve-se forte em 8,3%, depois de 9,3% em 2012. E a solidez foi observada em todas as regiões, com exceção da Europa Oriental e Central. A expansão na Ásia emergente foi apoiada por um forte crescimento na China (15,5%). Na índia, no entanto, depois do aumento de 8,9% em 2012, o crescimento das vendas desacelerou para 4,1%, devido a uma economia mais lenta. No Brasil, as vendas de seguros não-vida subiram 9,8% em 2013.

Quanto aos mercados avançados, o crescimento da receita de prêmios foi de apenas de 1,1% em 2013, abaixo de 1,5% do ano anterior. Por trás dessa desaceleração, o estudo aponta como causa principal o mercado ainda deprimido na Europa Ocidental, com teve alta nos prêmios para baixo de 0,3% devido ao fraco ambiente econômico. Na Ásia Central, o crescimento da receita desceu para 1,7%. Em 2012, alcançara 4,7%. Nos Estados Unidos, o faturamento de prêmios aumentou de forma constante em 1,7% e no Canadá em 3,2%. A evolução dos seguros não-vida em mercados avançados permaneceu suave desde a crise financeira em 2008.0 crescimento anual da receita foi de 0,7% entre 2009 e 2013 em comparação com 1,9% no período 2003-2007.

Ver no link http://media.swissre.com/documents/News_release_sigma3_2014.pdf

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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